quinta-feira, 5 de julho de 2012

O deus mitra e o Cristianismo


"O deus Mitra nasceu na Índia (século XIV antes de Cristo). Era um gênio dos elementos. De lá foi para a Pérsia. Seu nome aparece pela primeira vez no ano 500 a.C., sob o reinado de Ciro I. As legiões romanas o adotaram, e levaram o culto para o Mediterrâneo. Era venerado particularmente nos portos e nas guarnições militares. Ocupava-se de pesar a alma dos mortos no além; um além puramente espiritual onde existia a imortalidade. Durante séculos, foi um forte concorrente do recém-surgido cristianismo. Sua doutrina era dualista: Ormuzd era o deus do bem e Ahriman o do mal. Mitra ocupava uma posição intermediária, era uma espécie de mediador entre o céu e a terra que se identificava com o sol. A lenda diz que Mitra nasceu de uma pedra. Agarrou um touro (um animal divino) e o sacrificou por ordem de Ormuzd [foto acima]. Do sangue nasceram animais e plantas. Esse touro purificador - diziam os seguidores - era a chave da imortalidade. Foi o grande símbolo do mitraísmo, encontrado em várias escavações arqueológicas. Os fiéis também praticavam o jejum, a flagelação e os banquetes sagrados, nos quais consagravam o pão, a água e o vinho. Com isso - diziam -, ao comer o pão e beber o vinho sagrado, se convertiam em 'homens diferentes', quase deuses. Os segredos de Mitra eram guardados cuidadosamente por uma casta sacerdotal (Tertuliano fala de virgines e continentes, muito similar ao que hoje conhecemos como monges. Os ritos eram realizados em grutas escavadas na rocha. Os fiéis se distribuíam em bancos, de um lado e de outro do templum. Por sua estreita relação com o sol, no Ocidente ele recebeu também a designação de Sol invicto. Sua festa era celebrada no dia 25 de dezembro, imediatamente depois do solstício de inverno, quando as horas diurnas começavam a se alongar. Os devotos de Mitra animavam o sol com grandes fogueiras, nessa noite, tentando infundir-lhe mana ou numem. Depois festejavam o 'triunfo do sol' com uma ceia e trocavam presentes. A Igreja Católica substituiu essa festa pagã pelo (...) nascimento de Jesus de Nazaré."

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