Comerciante é acusado de sequestrar e matar ladrão que o teria roubado três vezes em Minas Gerais

Um comerciante de São Sebastião do Paraíso (400 km de Belo Horizonte) é acusado de matar um casal com cinco tiros à queima-roupa para se vingar de três furtos, no total de R$ 2.000, que sofreu no intervalo de 40 dias, entre final de março e começo de maio deste ano.

Hercílio Henrique de Oliveira, 34, foi preso nesta quinta-feira (26), dois dias após o crime, cometido num canavial em Santo Antonio da Alegria (331 km de São Paulo), cidade paulista vizinha, localizada a 34 km de São Sebastião do Paraíso. Se condenado, o comerciante pode pegar até 60 anos de prisão, segundo o delegado de Polícia Civil Gustavo André Alves, 33.

De acordo com o delegado, o acusado planejava matar apenas o desempregado Rondinei Jesus de Paula, 32, mas acabou assassinando também Raissa Paula de Lima, 19, por ela estar na companhia dele. O desempregado, segundo o delegado, tinha várias passagens pela polícia por furto a residências e a pontos comerciais.

Ele teria furtado duas vezes a padaria do comerciante e uma vez sua residência. Para fazer o ajuste de contas, de acordo com a polícia, Oliveira comprou um revólver calibre 38 por R$ 1.500 e abordou o casal, em sua caminhonete Hilux, numa das saídas de São Sebastião do Paraíso, na tarde da última terça-feira (24). Ambos foram mortos no mesmo dia, e os corpos, encontrados na manhã do dia seguinte (quarta 25).

Detalhes

“Ele confessou o crime na presença do advogado dele, em detalhes e com muita frieza. Foi um assassinato brutal, por motivo torpe, no qual não deu chances às vítimas de se defenderem”, afirmou o delegado. O desempregado recebeu quatro tiros: na cabeça, na nuca e dois no peito. A acompanhante foi alvejada com um tiro na cabeça.

A polícia chegou até o suspeito porque trabalhadores rurais ouviram os cinco disparos e viram, na sequência, uma caminhonete de cor prata passar em alta velocidade. O depoimento ajudou a polícia a chegar ao suspeito. O comerciante está preso na Cadeia Pública de Santa Rosa do Viterbo (283 km de São Paulo). Ele divide uma cela com outros cinco presos.